domingo, 11 de dezembro de 2011

Falados os Segredos Calam

Como poderia eu explicar sem ter uma crise de paraminia? Fechei os olhos e novamente pude sentir, era como uma paramnésia. Eu de fato não conseguia me fazer entender. Voltei a abrir os olhos e vislumbrar aquele lugar primoroso, onde cada móvel reverberava a luz do Sol, que incindiava pela janela da sala.
Aqueles olhos azuis me questionavam ainda, principalmente minha reversibilidade com relação aos meus últimos atos. O homem a minha frente não era um sandu, muito menos nescio ou parvo. Sim, ele queria respostas, e o adiantar das horas já o deixava enfastiado de esperar pela minha elocução.
Decidi me sentar, assim o corpo acalmaria sobrejacente à cadeira de madeira. A respiração exigida pelos meus pulmões pôde ser ouvida pela sala. A história que eu iria contar soaria como uma fábula, até mesmo mais alegórica que isso.
Aquele senhor diante de mim teria que entender o auviar de minha fala, mais cedo ou mais tarde a verdade encruaria o coração de todos ali, e se era verossímil que meu ser fora tão cruento nas minhas atitudes, então eu desapraziria a todos. Mesmo que não fosse de minha intenção retirar a aprazibilidade do grande evento daquela noite. Deveria eu acarretar minhas consequências. O pigarrear da garganta avisou que o relato era vindouro, e o homem com pressa aprumou-se para frente, olhar atento, e logo em seguida, eu me fazia ser ouvida.

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