Adoro as pessoas que exigem de mim a incomensurável verdade. Que demandam minha sinceridade e não aceitam nada menos do que isso. Mas, tudo bem, será que as pessoas estão realmente preparadas para ouvirem a verdade. Antes de 2008, de 28 de janeiro de 2008 eu era uma pessoa, eu não media as palavras, era acessível a todo mundo e para ser agradável e ganhar pontos pelo meu sorriso eu... mentia. Mentia para amigos, família, namorado. Sei lá, eu tinha perdido a capacidade de ser honesta, por que a verdade... nossa ela dói. Então, aconteceu o evento que mudou a minha vida eu quase morri numa mesa de cirurgia, passei dia no CTI e descobri o prezar da verdade. Ela liberta, liberta mesmo. Então, certo, pessoas ainda exigiam de mim ser delicada e correta, e eu tive que passar por algo maior, mais traumatizante, eu perdi o amor da minha vida, ou eu achava ser no momento e veio a segunda data importante pra minha sinceridade. 8 de janeiro de 2009. Quase um ano depois eu abdiquei da mentira, totalmente, e eu nem me pergunto mais se as pessoas vão gostar ou não de ouvir a verdade. Agora eu apenas digo. E encontro dificuldade em quem queira realmente ouvir a verdade. Pessoas gostam de se sentirem seguras e confortáveis e a verdade, bem, a verdade não é nada confortável. Atualmente eu sou verdadeira porque a verdade é tudo que eu tenho pra dar. Ou, as vezes a questão é que eu preciso falar pra acreditar na verdade. Mas muitas vezes, eu falo a verdade porque eu não consigo me impedir, não consigo evitar dizê-la. Porém, o que na maioria das vezes faz com que eu seja honesta, é que eu aprendi que nós devemos às pessoas que estão a nossa volta a mais pura e dolorosa verdade.
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